sábado, 30 de outubro de 2010

Harrington on Hold'em - Vol 1 - Capítulo 01

Para se fazer uma estimativa fundada em informações, é necessário levar em consideração quatro fatores importantes:
1.      A probabilidade de melhorar sua mão a dada carta comunitária virada na mesa, o que é basicamente um exercício de matemática.
2.      Uma estimativa da mão que seu oponente possui, o que é um exercício de razão indutiva baseado nas mãos que ele jogou anteriormente, no seu estilo de jogo e nas apostas que ele fez até o momento.
3.      A probabilidade de a mão de seu oponente melhorar – outro exercício de matemática, mais complicado, devido ao fato de você não ter certeza do que ele está segurando.
4.      As probabilidades oferecidas pelo pote.

Em muitas mãos de hold’em existe um fator que se torna tão mais importante do que os outros, que faz com que não seja preciso pensar tanto:
1.      Um jogador possui uma mão tão forte que ele não se importa com o que o oponente possa ter.
2.      Um jogador possui uma mão tão fraca que ele praticamente tem certeza que irá perder na hora de mostrar as cartas.
3.      As pot odds são tão grandes que ele basicamente pode jogar com quaisquer duas cartas.
O que faz com que os bons jogadores de no-limit hold’em sejam notoriamente mais habilidosos e tenham  resultados claramente mais lucrativos? São basicamente dois fatores técnicos: a quantidade de informações disponíveis e a habilidade de controlar as pot odds do oponente.

O objetivo de todas as formas de poker é evitar cometer erros, ao mesmo tempo em que se induz os oponentes a errar o máximo possível. O no-limit hold’em é vantajoso para os bons jogadores por uma simples razão: ao realizar deduções melhores sobre as mãos dos oponentes, eles conseguem fazer apostas que dão mais chances para os oponentes errarem. Quando o adversário não lê a situação corretamente e comete um erro desse tipo, o bom jogador ganha e o oponente perde.

Elementos de uma mão

  1. Em qual estágio do torneio se encontra?
  2. Existem quantos jogadores na mesa?
Em mesas cheias, o jogo tende a ser mais tight, pois existe uma possibilidade maior de alguém possuir uma mão melhor que a sua. A medida que a quantidade de jogadores vai diminuindo, os requisitos para uma mão inicial vão reduzindo.
  1. Quem são os jogadores em sua mesa?
O estilo dos jogadores na sua mesa deve influenciar sua forma de jogar. Se os jogadores são tight vale a pena ser um pouco mais agressivo, tentar roubar os potes, etc. Se os jogadores estão bastante agressivos, vale a pena ser conservador e jogar com mãos sólidas para levar os potes. Em geral, jogar o estilo oposto dos adversários será lucrativo.
  1. Qual a relação entre seu stack os blinds e antes?
Essa proporção vai controlar o estilo de jogo, se é você vai jogar sem nenhuma pressão, fazendo jogadas longas, aguardando a mão mais adequada. Ou se vai jogar empurrando todas as fichas pois é a única forma de tentar sobreviver.
  1. Quantas fichas os outros jogadores têm?
  2. Onde você está sentado em relação aos jogadores passivos e ativos da mesa?
  3. Que apostas foram feitas antes de chegar a sua vez de falar?
As apostas que ocorreram antes de você vão ditar se é interessante ou não entrar na aposta com a mão em questão. A mão para entrar em um pote em que já houve raise e re-raise deve ser bem melhor que a mão para abrir um pote que todos jogadores deram fold.
  1. Quantos jogadores ainda vão falar depois de você?
Quando sua jogada encerrar as apostas, estará bem mais seguro do que quando ainda houver uma série de jogadores por falar.
  1. Quais são as probabilidades do pote?
A expectativa deve ser avaliada sempre que possível para garantir que as jogadas são lucrativas no longo prazo. Esta deve ser calculada antes de decidir se vai entrar no pote ou não.
  1. Qual sua posição na mesa após o flop?
O último a falar é o jogador que possui mais informações pois já terá visto todos os outros jogadores apostar.
  1. Quais são suas cartas? As cartas são importantes mas em muitos casos outros fatores serão mais relevantes que as cartas em si.

Jogar bem o poker é uma questão de equilíbrio. Você analisa a situação, pesa todos os fatores e escolhe a hogada que melhor se encaixa no momento.

Exemplo de uma mão
Ao comentar uma mão que ocorreu no WSOP, com o próprio Harrington jogando. Ele comenta um raciocínio básico para optar por dar call ao invés de dar um raise. Numa mesa de 7 jogadores, Harington na posição 4. Jogador no UTG dá um raise de 3BB (com 99), dois jogadores dão fold. Harrington recebe AK e reflete sobre a jogada a ser feita: ele estava antes do Button então provavelmente teria posição nas próximas jogadas, dessa forma, conclui que não precisa jogar a mão com muita força antes do flop. Ele concluiu que podia deixar a posição, em vez da aposta, fizesse o trabalho adicional para tentar ganhar a aposta.

Harrington comenta que ao chegar no flop Harrington reflete sobre os seguintes pontos:
1.      O flop me ajudou?
2.      Com base na maneira como sou visto na mesa, os outros jogadores vão achar que o flop me ajudou?
3.      Considerando o que eu sei sobre os outros jogadores, o flop pode ter ajudado algum deeles?

Um jogador que é visto como conservador pela mesa não deve jamais tentar blefar em um flop que não condiz com o estilo de jogo. Por exemplo, você tem jogado durante horas como um jogador conservador, recebe AK dá o seu raise... o flop vem 9-6-4, a mesa vai perceber que é muito provável que esse flop não ajudou e blefar nesse cenário pode ser perigoso.

Harrington comenta sobre a aposta de meio pote, quando é feito esse tipo de aposta no flop se você ganhar uma em cada três tentativas estará no ponto de equilíbrio, mais que isso é lucro. Nessa mão um jogador que vem jogando agressivo e na mão em questão conseguiu fazer a trinca mais alta da mesa, ele poderia fazer slowplay? Não faz sentido, iria levantar suspeitas de uma mão extremamente forte, então ele fez a continuation bet.

domingo, 17 de outubro de 2010

Situações Práticas - Capítulo 15

Para não precisar fazer tantos cálculos durante uma jogada, existe uma forma simplificade de chegarmos no percentual de vezes que a carta que você está esperando vai aparecer e dessa forma relacionar com suas pot odds para entendermos se aquela aposta vale apena ou não, matematicamente falando.

- REGRA DO 4: após o flop pode-se contar quantas outs você tem e multiplicar esse valor por 4 - (quantidade de outs * 4). O resultado será a chance percentual aproximada de que conseguirá completar a sua mão com as duas cartas que ainda virão. É importante lembrar que ao usar esse cálculo no você terá ainda que pagar uma provável aposta de seu adversário se quiser ver o river. Se não acertar sua mão do flop para o turn inda há uma chance no river, mas estas são menores.

Dica: acima de 13 outs a chance de completar a mão do flop até o river é de 50%.

- REGRA DO VEZES 2 + 2: dada a carta no turn deve-se recalcular os seus outs e para chegar no percentual aproximado de vezes que sua out vai aparecer basta calcular (quantidade de outs * 2 + 2).

-Alguns pontos importantes:
-Com duas cartas não pareadas na mão, o flop irá acertar um par no flop 30% das vezes (1/3 das vezes), significa que seu adversário, com duas cartas não pareadas, não irá acertar um par no flop em torno de 70% das vezes.
-Com um par na mão irá acertar um set (uma trinca) no flop em 11,8% das vezes
-Com duas cartas do mesmo naipe na mão, irá fazer um flush 6,5% das vezes, mas irá fazer um flush no flop apenas 0,8%
-Dois pares viram um full-house no river apenas 8% das vezes.
-Com menos de 7 outs no turn, raramente você terá pot odds suficientes para chamar uma  aposta.
-Se você sai com um par, irá fazer uma trinca no flop 10,9% das vezes.
-Se você sai com duas cartas do mesmo naipe irá fazer um flush no flop 0,84% das vezes e um flush draw 10,9% das vezes.
-Se as cartas não forem pareadas, terá no flop nenhum par - 67,6%, um par 32,4% das vezes, dois pares 2%, uma trinca 1,35%.
-As cartas do flop serão 40% das vezes o flop sem chance de sequencia 56% das vezes, de três naipes diferentes 40%
-Se faltar apenas uma carta (river), você completará um flush 20%, um full-house ou quadra a partir de uma trinca - 23%, uma sequência com duas pontas - 17%, uma ponta 8%, par com duas overcards 13%.

-Novos Termos
-set: uma trinca
-runner: significa acertar uma carta no turn e outra no river, ou seja, precisar que as duas cartas seguintes sejam do naipe que você queria.

-Referências

sábado, 9 de outubro de 2010

Pot odds e Implied odds - Capítulo 14

Pot odds é mais um artifício para ajudar a determinar se nossa expectativa é positiva ou não para uma dada mão. É a relação entre a quantidade de fichas que está em um pote e a que você deve colocar nele para continuar em uma mão. Em português Odds significa chances. Em outras palavras, é quanto tem no pote e quanto você deve pagar para tentar ganhar o que tem lá.

Se o pote tem 1.000 fichas e você tem que apostar 200 para entrar na mão. As pot odds são 1.000/200. Simplificando, ao se dividir ambos os lados por 200, chega-se a 5 para 1. Suas pot odds são 5:1, onde o número da esquerda representa o número de apostas no pote.

Sabendo as pot odds, poderá relacioná-las com a porcentagem de vezes que precisa vencer para não perder dinheiro. É só pegar o número de apostas que precisa pagar para chamar a aposta, e dividi-lo pelo total de apostas que haverá no pote depois que você chamar. Em pot odds A:B, você tem, então, B/ A+B.

No exemplo anterior, A = 5 e B = 1. Então, 1/(5 + 1) = 1/6. Ou seja, se você ganhar 1/6 das vezes, não perderá fichas. Para uma expectativa positiva, tem que ganhar mais que uma vez em cadas seis.

Por que você conta outs?
Você conta outs a fim de ter algo para relacionar com as pot odds e decidir como jogar a mão. Assim, em um flush draw, você tem 37 não-outs e 9 outs em 46 cartas - uma relação de aproximadamente 4:1. Digamos que você tem pot odds de 5:1. Sempre que o pot odds for maior que a relação de não-outs:outs a aposta tem uma expectativa positiva.

A partir do pot odds podemos chegar em um pecentual que ajudará a chegar no cálculo final da expectativa. Considerando pot odds de 5:1 equivale a dizer que sua break even é de 1/(5+1) x 100. que é o mesmo que 16,7%. Considerando as pot odds representados da seguinte forma A:B, para chegar no percentual deve-se usar a seguinte formula: (B/(A+B))* 100. Sendo assim, pot odds de 5:1 temos 1/(5+1) * 100 = 0,16 * 100 = 16,7%. Ou seja, para essa aposta compensar você tem que ganhar mais que 16,7% das vezes. Quem vai dar uma idéria de quantas vezes você vai ganhar são seus outs.

A - Apostas no PoteB - ApostaB/(A+B)*100100/(A+B)
1 150,0050,00%
2 133,3333,33%
3 125,0025,00%
4 120,0020,00%
5 116,6716,67%
6 114,2914,29%
7 112,5012,50%
8 111,1111,11%
9 110,0010,00%
1019,09 9,09%
1118,33 8,33%
1217,69 7,69%
1317,14 7,14%
1416,67 6,67%
1516,25 6,25%
1615,88 5,88%
1715,56 5,56%
1815,26 5,26%
1915,00 5,00%
2014,76 4,76%

Dica: alguns números que ajudam a dosar a aposta são: quanto tem no pote? Quanto você tem e quanto seu adversário tem?

-Implied odds-
Implied odds é um conceito criado para o jogo tipo limit. O implied odd trata de uma aposta que provavelmente será feita na próxima rodada, seriam algumas apostas extras que seriam ganhas caso o out que você aguarda bater. Não há como ter certeza de que essa aposta será realizada posteriormente, seria apenas uma tentativa de tentar avaliar mais precisamente se a jogada vale a pena ou não tendo em mente o que vai acontecer nas próximas rodadas de apostas.

No jogo no-limit é ainda mais complicado prevêr as apostas, pois não há como garantir o tamanho das apostas. Por ser subjetivo, implied odds depende diretamente do tipo de jogador contra o qual você está jogadando e as chances dele pagar suas apostas no river.

No jogo limit calcular as implied odds seria apenas adicionar uma aposta padrão no lado esquedo da notação de odds (A + 1 : B). Já no no-limit é imprevisível, você pode acertar o seu flush draw e levar todo o stack do seu adversário. Ou seja, implied odds infinitas (limitada a stack do seu adversário). Se o seu adversário tem poucas fichas para a próxima aposta, muitas vezes passa a ser não lucrativo. Por outro lado, um adversário com uma stack granda pode fazer valer a pena entrar em uma mão especulativa.

Um último ponto importante é quando o jogo chega no heads-up, mais importante que calcular as implied odds é olhar para a stack do seu adversário. Somente ele e você em jogo, suas pot odds efetivas, ou suas implied odds, seriam quantas fichas dele você pensa que conseguiria trazer ao pote.

-novos termos-
break even: ponto de equilíbrio, onde não há perda nem ganho.

Outs - Capítulo 13


Outs são as cartas que, aparecendo no jogo, poderiam melhorar sua mão em relação à de seu adversário. Deve-se ter cuidado com esse cálculo pois, às vezes, algumas cartas podem tornar seu jogo melhor, ao mesmo tempo em que podem fazer o seu adversário ter um jogo ainda superior.

Vamos vê um exemplo básico de contagem de outs: digamos que você possui KhJs e no turn temos: [Td][Qd][8d][4h]. De uma forma básica seus outs são :

  • 4 A - faria uma sequência de 10 a A.

  • 4 9 - faria uma sequência de 9 a K.

  • 3 K - dariam, provavelmente, um par maior que o do seu adversário.
Seriam 11 outs de 46 cartas. De início a contagem pode ser dessa maneira, mas para dar um passo além devem ser contadas as outs efetivas. Quando temos um out um tanto duvidoso, devemos contar como meias outs/outs parciais. Como exemplo, será que não poderíamos considerar os valetes como outs? Se o adversário tiver pares menores, seria um out, mas como não temos certeza contamos como meio out.
Se o seu adversário é capaz de apostar com segundo ou terceiro par da mesa, ou seja, é um jogador mais loose, maiores chances dos valetes serem outs. Se, por outro lado, seu oponente é tight e ainda assim está apostando, maiores chances de ele ter ao menos um par de damas ou mais forte, portanto, seus valetes deixam de ser outs - e você não deveria contar nem a metade.  Um As ajudaria sua mão com uma sequência, mas poderia dar um flush para o adversário, como não sabemos se ele está flush draw, contamos como meio out. O mesma coisa para o 9s. A pior situação seria se o adversário já tem as duas cartas de espadas. Você estaria drawind dead: não tem nenhuma out, pois nenhuma carta o fará ganhar de um flush.

Ao calcular outs você não pode pensar só em suas cartas, mas tentar entender como elas ajudariam também seus adversários. O trabalho é tentar ponderar quantas cartas podem salvá-lo das que ainda virão no baralho.

Ao contar os outs, deve-se ter cuidado também com cartas que fazem um par com alguma carta comunitária, caso você não a tenha ou ela não te ajude com uma jogada muito forte, pois esse tipo de carta permite ao adversário full-houses/four/three of a kind. O importante é ver quanto você tem a ganhar correndo o risco de ter menos outs do que você imaginava.

Porquê contar outs? Sabendo quantas cartas das qeu restam no baralho o ajudam a ganhar, você consegue relacioná-las com as apostas e ver se vale a pena continuar jogando a mão. Contar outs não é um cálculo exato, pois você não conhece as cartas ou jogo do adversário. Algumas vezes você pode já estar à frente; em outras não ter chance alguma. Portanto, é um balanço entre matemática e instinto.

O interessante é quando o número de outs é grande. Às vezes você está perdendo no flop, mas é o favorito para ganhar a mão dali até o river, então deve apostar contra o adversário mesmo sabendo que naquele momento está atrás.

Um ponto importante o número de oponentes, pois quanto maior o número de oponentes, maiores são as chances de que algumas  de suas outs  deixem de ser outs, ou que algumas cartas melhorem ainda mais as mãos do seu adversário.


VocêAdversárioMesaOUTS
[Jh][Th][Ac][Kd][Kh][8s][6h][4s]9
[Jh][Th][Kc][Kd][Kh][Qs][7s][3d]8
[Ac][Ad][Ks][Qs][Kh][Qc][Js][7s]10
[9s][8s][Js][Jc][Ac][9c][7d][6d]13
[Ac][Kd][Qc][Qd][Jc][8d][3s][2h]6
[Ts][9s][As][Ks][Qs][Js][Tc][9c]5


Linha 1: 9 outs. As 9 cartas de copas (h) que restam; 13 - (duas na mão) - (duas na mesa). Como o adversário já tem o par mais alto da mesa, qualquer outra carta daria vantagem ao adversário.
Linha 2: 8 outs. As duas pontas para completar a sequência, os 4 Ax e os 9x.
Linha 3: 10 outs. Um A. Os 3 Tx. (os de espadas ajudam o jogo do adversário). Os 3 Jx e os 3 7x nos ajudariam pois, já temos o par mais alto da mesa.
Linha 4: 13 outs. 2 9's (nos daria um three of a kind), 3 8's (nos daria 2 pares), 4 Tx (nos daria uma sequência) e 4 5x (nos daria uma sequência).
Linha 5: 6 outs. 3 A's (nos daria o par mais alto), 3 K's (nos daria o par mais alto).
Linha 6: 5 outs. os 2 T's ou os 2 9's dariam um full house/o A's de espadas daria um Royal Straight Flush.

É importante saber contar outs, mas para facilitar deve-se saber antecipadamente as principais situações:

MãoOutsProbabilidadeRelação
Flush Draw + Sequência15 (15/46) * 100 = 32,6%46-15 = 3-1
Flush Draw9 (9/46) * 100 = 19,6%46-9 = 5,1-1
Duas pontas para sequência8 (8/46) * 100 = 17,4%46-8 = 5,75-1
Over Pair x 2 Pares8(8/46) * 100 = 17,4%46-8 = 5,75-1
Duas Overcards x 1 Par6(6/46) * 100 = 13%46-6 = 7,66-1
Par do Meio x Top Pair5(5/46) * 100 = 10,9%46-5 = 9,2-1

*adicionar informações do capítulo 4 do  Harrington on Hold'em
-novos termos-
drawing dead: quando o jogador está em uma situação na qual ele não tem nenhuma out que melhore seu jogo a ponto de bater o adversário. Em outras palavras, o adversário tem um jogo superior independente da carta que vier.
bad beat: quando um jogador com poucas outs consegue acertá-las contra um outro jogador que era o grande favorito.